COMO RECUPERAR

TRINCAS E FISSURAS

As fissuras e trincas visíveis devem ser recuperadas antes da lavagem de modo a evitar a penetração de água no interior dos edifícios. As que forem identificadas após a lavagem deverão ser recuperadas posteriormente. O importante é que a correção das irregularidades no substrato de aplicação seja realizada adequadamente, de forma que a pintura não seja aplicada sobre anomalias, evitando que o seu desempenho fique comprometido.

O que diz a nova norma de desempenho da ABNT (NBR 15.575/2013), que trata de parâmetros para a durabilidade, garantia e vida útil dos materiais e sistemas construtivos:

A NBR 15575/2013, norma da ABNT, é uma norma de vital importância para o Brasil, e que já existe em outros países há bastante tempo. Ela surge como um divisor de águas para o mercado imobiliário de construção residencial de qualquer padrão, envolvendo toda a cadeia produtiva agregada. Estabelece padrões mínimos de qualidade para as edificações que deverão ser observados desde a fase de projeto, instituindo níveis mínimos de qualidade em diversos sistemas que compõem uma edificação, bem como define a vida útil dos seus diversos sistemas.

Ou seja, a NBR 15575, além de estabelecer requisitos e critérios (limites) de desempenho, que servem para dirimir dúvidas entre a opinião de um usuário e o trabalho feito pelas construtoras, estabelece incumbências para todos intervenientes no processo, como os fornecedores, construtoras e incorporadoras, projetistas e usuários.

No caso especifico da vida útil estabelecida para as pinturas de fachadas, texturas acrílicas e revestimentos aderidos, é bom frisar que o mercado pode disponibilizar produtos adequados à obtenção do período de vida útil, até superior. Mas a obtenção desse desempenho não depende somente do produto em si (tinta, textura), mas de um substrato adequado, de mão de obra qualificada para a aplicação, da aplicação no consumo recomendado, bem como a instituição de programas de manutenção preventiva.

Então, fica o alerta da importância de que todos os síndicos e responsáveis por qualquer edificação busquem tomar conhecimento da abrangência dessa norma e a forma correta de empregá-la nos serviços de manutenção, reforma, construção etc. A ideia é exigir, quando aplicável, o atendimento aos requisitos mínimos da norma em cada etapa da construção e/ou manutenção, para que não ocorram, em função de eventual falha em um dos elementos construtivos, danos ao sistema como um todo.